Quando a arte salva a alma
- gustavorodrigues937
- 11 de abr. de 2022
- 2 min de leitura

Como já diria o escritor Ferreira Gullar "A arte existe porque a vida não basta". Ainda poderia acrescentar que a arte existe para que a vida possa se ressignificar e buscar recursos para a sua continuação.
Esses dias, por exemplo, estava escutando a música "Todo azul do mar", do Flávio Venturini e Ronaldo Bastos e me vi impressionado com o quanto essa canção me faz mergulhar em um universo impossível até mesmo de uma descrição precisa. É de uma delicadeza a forma como a letra anuncia o seu amor e o compara com a imensidão do azul do mar muito difícil de explicar. Fico pensando o quanto essa analogia transcende até mesmo o sentimento, transbordando a barreira do possível sobre o que é amar e o quanto se pode permitir este amor.
Bom, e embora muitas pessoas acreditem que a arte não passa de uma mera distração, ou um artifício para que possamos nos aliviar, saibam que ela não tem somente essa função. E, com certeza, muitos pensam assim porque poucos ainda compreendem a real razão do seu significado e da sua existência em nossas vidas. Arte também é ciência, é comprometimento, é prática, é trabalho árduo. Mais recentemente, um projeto de lei chamado Paulo Gustavo, em homenagem ao artista falecido no ano passado de Covid-19, foi vetado pela presidência. Esse projeto tinha como intenção repassar 3,8 bilhões para o enfrentamento dos efeitos da pandemia ao setor cultural, tão prejudicado durante esses dois últimos anos. Com essa medida, recebemos um recado claro de como artistas são vistos e o quanto essa área é tratada, infelizmente, com grande desprezo.
A arte, meus queridos leitores, salva vidas porque é através dela que pessoas sobrevivem, buscam seu sustento e encontram razão para viver. Seja pela música, dança, artes plásticas, cênicas ou visuais, ela mantém o equilíbrio de tudo. Não há possibilidade de haver um mundo sem a sua presença, nem muito menos um ser humano que não será, em algum momento, tocado por ela.




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