Se você soubesse quem você é
- gustavorodrigues937
- 27 de jan. de 2021
- 2 min de leitura
Este ano começou um pouco diferente. Em função da pandemia, as férias de muitas pessoas acabaram sendo modificadas, janeiro, um dos meses mais desejados por todos não trouxe aquele gostinho pleno de descanso merecido de sempre, mas, sem dúvida nenhuma, uma das únicas certezas sobre este período se manteve firme e forte: o início da casa mais vigiada do Brasil irá começar. E será bombástico.
Ontem mesmo foram revelados, ao longo do dia, os 20 participantes do Big Brother Brasil, reality show que se destina a confinar pessoas em uma casa luxuosa onde eles, além de participarem de provas de resistência, precisam aprender a conviver com outros candidatos ao prêmio. Essa convivência, no entanto, nem sempre acontece da forma mais harmoniosa, uma vez que cada participante traz consigo uma bagagem de vida, princípios e valores, fazendo com que a “treta” seja institucionalizada dentro da casa. O reality teve sua primeira transmissão realizada no ano de 2002 e naquele ano, lembro-me perfeitamente como se fosse hoje, houve uma série de críticas a este modelo de programa que já estava fazendo sucesso em vários outros países. Críticas que levavam em consideração o porquê de sua existência e a necessidade de assistirmos a algo que estava direcionado unicamente a curiosidade que temos de saber sobre a vida das pessoas (leia-se aqui, fofoca).
Por muito tempo escrevi e debati com amigos sobre a tal futilidade apresentada neste estilo de programação que, aparentemente, não é voltado para a troca de conhecimento. Hoje penso de forma diferente e acredito que, se assim for, é necessário que façamos algumas modificações em nossas atividades diárias de forma bastante meticulosa, pensando unicamente no sentido utilitário de absolutamente tudo. Isso significa que teremos de deixar então de participar de festas e de sair com os amigos para, e vejam bem a força da palavra, somente, nos divertir. Devemos também nos desligar de toda e qualquer rede social que possa nos proporcionar o menor prazer de estarmos praticando o “nadismo” e até mesmo desligar nossa televisão, afinal, qual o motivo de estarmos querendo relaxar com algo que não nos estimulará em praticamente nada o nosso intelecto.
Enfim, gente, decidi fazer este texto apenas para dizer que acredito ser uma bobagem essa força gigantesca que as pessoas fazem para desqualificar um programa que já está sendo transmitido há quase 20 anos na tv aberta e que continua trazendo uma legião de telespectadores para frente da telinha. Sem falar que não é o programa em si que desestimula o estudo, a leitura ou qualquer prática intelectual. Existem inúmeros outros fatores sociais que poderiam ser citados aqui nesta crônica, mas acredito que isso seria material para um outro texto.






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